Era uma vez um pescador, que ia de manhãzinha à pesca, atravessava o pontão até lá ao fundo.
Mas nunca pescava nenhum peixe.
Certo dia mandou a linha juntamente com a cana à espera de um peixe, de repente a cana remexeu-se, e ele lá puxou a cana. Um pequeno peixe veio no isco.
O homem diz assim:
- Oh! Que peixinho tão pequenino! Vou deitá-lo ao mar, para ele crescer.
Passaram semanas, dias, meses mas não apanhava nada.
Lá ia ele todas as manhãs com as suas galochas a fazerem ruído. Certo dia pôs o banco no chão, a cana na água e o seu camarão já descascado no anzol. Com tudo pronto, lá estava ele à espera que algo acontecesse, quando viu a bóia ir ao fundo, levantou-se do banco com as pernas a tremer, viu outras vez a bóia vir ao cimo, de repente a bóia foi outra vez ao fundo. O pescador puxou a cana e lá apareceu um peixe do tamanho do seu braço. Chegou a casa com o peixe, mas antes de o cozinhar tirou uma fotografia com a sua captura. Pô-la na parede da sala, e até hoje ainda está no mesmo sítio. A partir desse dia, o pescador que era o meu pai passou a apanhar peixes de todas as espécies. Eu aprendi que nunca devemos desistir quando alguma coisa nos corre mal.
Trabalho elaborado pelo Bruno e pela Marisa a partir da audição de um livro existente na Biblioteca Digital
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